quarta-feira, 24 de abril de 2013

Enquanto a gente transava



Enquanto a gente transava, todo esse texto me veio à cabeça. Deu vontade de mandar ele sair de cima e vir correndo para cá, escrever cada palavra que ia surgindo. E, agora, a cada palavra que escrevo, ele me atrapalha contando um dos seus sonhos idiotas. 

Eu o amo, é verdade, mas tem horas que tudo o que quero é virar para o lado e dormir. E se tem uma coisa que eu detesto, é estar naquele soninho gostoso, no início de uma manhã de um dia em que não tenho que acordar cedo ou ir trabalhar, e ser acordada.. E ele achou de desenvolver essa mania. Quer que eu acorde na hora em que ele acorda, mesmo eu já tendo dito mil vezes que odeio isso e que ele corre o sério risco de levar um tabefe no meio das fuças. Deus que me perdoe (e ele também), mas eu chego a ficar com ódio da cara dele por causa disso e, nesse exato momento, me sobe uma raiva, porque, como em todos os outros dias, hoje não foi diferente. 

Fui acordada às seis horas da madrugada, no meio do soninho sagrado, naquele friozinho gostoso, porque  tudo o que ele queria era transar. Simplesmente não acreditei nisso. Ele sabe o quanto isso me irrita. Eu adoro sexo, mas não quando estou dormindo. E eu sempre disse: nunca me acorde para isso ou você pode acabar se machucando.

Dessa vez eu cedi. Fui deixando e me irritando, deixando, deixando, me irritando, mas deixando. Estaria gostoso se fosse numa ocasião diferente, se eu não estivesse dormindo, enquanto ele me bolinava. Mas aí deixei e ele meteu. E a coisa começou a ficar boa. Fui sentindo aquela cosquinha gostosa, lá dentro, e a irritação foi cedendo lugar ao prazer. Que delícia, God! 

Mas o sono continuava insistente. Ele gozou. E gozou dentro, como sempre. Do jeito que eu gosto. Naquele momento, pós ejaculação, tudo o que eu queria, era virar para o lado e dormir. Nunca uma camisinha fez tanta falta. 

Renata

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