segunda-feira, 12 de julho de 2010

No ginecologista

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Na verdade, nA ginecologista. Nunca me consultei com ginecologista homem. Sempre tive vergonha. Hoje, se tivesse de ir, iria, sem vergonha nenhuma, principalmente se fosse um recém-formado, cheirando a leite, bem gatinho. Adoro os novinhos. Eles costumam ser ótimos, dispostos e cheios de energia.

8h45 da manhã. Horário dos meus exames de ultra-sonografia (ou ultrassonografia?) transvaginal e da mama. Nunca tinha feito isso. Era uma médica, coroa, não muito bonita. Na verdade, nada bonita. Mas gente boa, como todas as ginecologistas que conheci. A que eu me consultava no Rio era linda, mas eu não pegaria. Acho que aquele jeitinho de "mulherzinha", aquela voz infantil, aquele jeito de filha única, que ela tinha (tem, porque ainda não morreu) me incomodava. Mas ela era bem atenciosa e enfiava aquele bico de pato com cuidado, para incomodar o mínimo possível.

Eu odeio esse tal de Papa Nicolau. Chego a me contorcer toda, de agonia, só de lembrar. A sensação daquela coisa abrindo e rodando dentro de mim, como se fosse me beliscar o útero. Gosto não. Mas eu bem gosto na hora do exame do toque, quando ela enfia a mão pra examinar o colo do útero. Mas o transvaginal... ah, o transvaginal! Aquele bastão com gelzinho gelado na cabecinha. Confesso que, por pouco, não dei uma gozada. A médica não cooperou. Gente boa, mas feia. Teve uma hora que eu fechei os olhos e comecei a imaginar que tinha alguém ali me comendo. Foi aí que eu quase gozei. Me senti Maria Clara Gueiros, em "Sexo com Amor".

A ultrasson da mama também é legal. O gelzinho gelado no biquinho e depois se espalhando pelos seios. Me arrepiei toda. Tenho seios sensíveis. Sou capaz de gozar com aquelas mamadinhas de leve. Adoro!

Os exames chegaram ao fim (uma pena, porque eu estava adorando). A parte chata foi ter que me limpar. Aquele gel lambuza tudo. Quase acabei com o rolo de papel-toalha da doutora.

Gostei, e muito. Melhor que masturbação!

Postado por Deby

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Hoje

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Hoje acordei covarde e preguiçosa.
Com vontade de me jogar do alto de um prédio.
Mas eu moro no primeiro andar.
Minha prima mora no décimo.
Deu preguiça de pegar um ônibus até lá.
Passou um caminhão.
Pensei em me atirar.
Fiquei com medo de me machucar.
Eu só queria poder voar.

Postado por Amanda

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O mais do mesmo

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Durante muito tempo fiquei sozinha. Desde 2005, quando terminei um namoro de 3 anos, nunca mais consegui ter um relacionamento estável. Cheguei a ficar noiva após esse relacionamento, mas confesso que foi algo precipitado, mais da parte dele que da minha.

Aconteceu no momento em que ele ficou sabendo que eu iria embora para um outro Estado e, talvez por medo de ficar sozinho, me pediu em casamento. Eu aceitei. Era apaixonada por ele. Mas nós estávamos juntos apenas há um ano, entre trancos e barrancos. No início ele não queria. Eu que fui atrás. Acho que acabei vencendo-o pelo cansaço.

Dois meses após o pedido, eu, já morando em outro Estado, mas com minha volta garantida, questão de tempo, mais precisamente um mês, decidi que não queria mais voltar e, consequentemente, não queria mais me casar.

Conheci outros caras interessantes, fiz novas amizades. Eu estava experimentando algo completamente novo: a liberdade. Terminei o noivado. Acho que foi um favor que fiz para mim e para ele, mas depois disso nunca mais consegui namorar ninguém. Não por falta de vontade, mas porque ninguém se interessava o bastante para isso.

Conheci Guilherme. Chegamos a ensaiar um namoro, mas ele era oito centímetros menor que eu e nós dois tínhamos vergonha da diferença de altura. A gente se gostava, mas não o suficiente para superar esse "problema". Terminamos, mas, felizmente, somos grandes amigos.

Depois dele, fui ficando com um aqui, outro ali e aí conheci um garoto de 19 anos (na época eu estava com 25). Depois de muito insistir, topei namorar com ele, mas, pela diferença de idade, estávamos em fases diferentes da vida. Não deu certo e eu já sabia que não duraria muito. Mas não custava arriscar, né?

Conheci Vicente. Paixão à primeira vista. Ele tinha namorada. Desisti logo que soube. Mas ele me procurou e com ele mantive um rolo de quase 3 anos. Nesse meio tempo eu "terminei" com ele algumas vezes. Uma das vezes foi para me relacionar com um colega de trabalho, por quem me apaixonei perdidamente, a ponto de quase enlouquecer, se é que não enlouqueci. Ele era casado e claro que não se separou para ficar comigo.

Pedi transferência para Salvador, reencontrei um antigo amor, mas ele estava noivo. Vivemos o que tínhamos que viver e seguimos nosso caminho. Ele continuou noivo e eu cada vez mais traumatizada com meu histórico de relacionamentos desastrosos. Mas "a vida é uma caixinha de surpresas".

No momento em que eu estava completamente fechada, recolhida no meu mundinho solitário, de certa forma confortável, sem sofrer, conheci um cara muito especial: livre, desimpedido e apaixonado por mim. Ele soube me conquistar. Estamos namorando, mas eu ando insegura, tensa, com medo de sofrer de novo. Tenho medo de muitas coisas. Acho que esqueci como é namorar alguém legal ou talvez não esteja preparada ou talvez esteja destinada a viver sozinha. Oh, quanto drama!
Quero minha mãe...