terça-feira, 22 de junho de 2010

Nós cinco

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Faz tempo que a gente não vem aqui. Talvez seja falta de tempo, falta do que dizer ou preguiça mesmo e neste caso eu falo por mim.

De repente a vida de cada uma de nós tomou um rumo. Ganhamos um norte. Passamos a nos ocupar de coisas tão distintas, em tempos tão malucos, que nossos momentos livres não coincidem mais. Como se, depois de velhas (estamos todas na faixa dos 30), finalmente descobrimos (para depois percebermos que, mais uma vez, nos enganamos - e eu acho isso uma delícia) o que realmente queremos da vida, como nos 17 anos, quando entramos na faculdade acreditando que ali estaria a solução que realizaria nossos sonhos. Mas dali a quatro ou cinco anos, tudo muda, toma outra direção e os sonhos passam a ser outros. Percebemos que eles estão bem distantes daquela realidade cômoda.

Renata está à beira de abandonar o doutorado e, com ele, o sonho da vida acadêmica. Agora resolveu que quer se casar, ter um casal de filhos e morar em Villas do Atlântico. Depois de anos de desilusão, me parece que ela conseguiu encontrar a tal "alma-gêmea" (sonho - às vezes camuflado ou guardado sob sete chaves - de todas as mulheres). Já acreditei mais nessa coisa de alma-gêmea, embora eu ainda espere encontrar meu príncipe encantado, mas se Renata está feliz, "que seja eterno enquanto dure".

Gabi está trabalhando como figurinista para alguns grupos de teatro, voltou a dar aulas de passarela e está planejando ir passar um tempo na Europa.

Érika está estudando francês e, pasmem, decidiu fazer um curso de gastronomia, caso Claude Troisgro não selecione seu vídeo. Ah, já ia esquecendo: ela está namorando.

Deby, quem diria, terminou com seus rolos de "relacionamento aberto" e começou a escrever contos eróticos (ela deve mesmo ter muito o que contar).

Eu? Bem, eu passei no vestibular, mandei vários torpedos campões, provei genipapo cristalisado, decidi jogar na megasena, terminei de ler Leite Derramado no ônibus e comecei a Biografia da Coco Chanel, também no ônibus.

Hoje fui fazer a minha matrícula na faculdade. Psicologia. Talvez esteja aí o caminho para eu tentar descobrir ao menos parte do que sou ou, na pior (ou melhor, vai do ponto de vista de cada um) das hipóteses, eu "despiroque" de vez.

Foto: http://maisquevencedora-cristina.blogspot.com/2009/12/amigas.html

Postado por Bárbara

Um comentário:

Maris Morgenstern disse...

ahhh,
e eu q ainda não consegui começar a ler leite derramado...
não consigo...
simplesmente não consigo...
rs

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