segunda-feira, 31 de maio de 2010

Tá namorando!

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Sabe aquela famosa frase, feita para consolar solteironas, que diz que "quando você menos esperar, vai aparecer uma pessoa maravilhosa e blá blá blá"? Quem nunca ouviu isso, né? Eu ouvi durante anos e, confesso, odeio quando alguém me diz. Mas, de tanto ouvir, resolvi "menos esperar" e "menos esperei" durante um bocado de tempo. Resultado: decidi que nem mais nem menos esperaria porra nenhuma (desculpem-me o palavrão, mas não encontrei nada melhor nem mais sutil que o pudesse substituir).

Não me restava nada além de curtir minha solidão e tirar o melhor proveito dela, fazer o quê? Que diferança faria ficar esperando de mais ou de menos, se nem uma peça rara, daquelas que ninguém quer, estava aparecendo?

Foram meses me consolando em frente à TV ou à tela do computador, com a ajuda do vibrador. Cheguei a pensar até em produção independente, mas até o sexo sem compromisso, que nunca me havia faltado, estava me faltando (e inseminação artificial, como dizem aqui na Bahia, é baixo astral).

Comecei a dar uma de Pollyanna e fazer o jogo do contente. Fui buscar o lado bom disso tudo. Encontrei alguns. Por exemplo: dormir na diagonal, atravessada ou esparramada na cama de casal, já que os meus 1,78 de altura jamais me permitiriam fazer isso dividindo a cama com alguém; ter o controle remoto da TV só pra mim; não ter que me preocupar com o bafinho matinal e, principalmente, não me preocupar com depilação, porque aquilo sim é tortura.

Abracei a solidão e aprendi a apreciar minha companhia, ao lado de uma garrafa de vinho nas noites de segunda-feira, ou na rede, lendo um bom livro, ouvindo jazz e treinando meu francês. Aprendi a fazer pipoca de panela para me acompanhar nos filmes das tardes de domingo e confesso que estava gostando ou, talvez, me acostumando. Aprendi a me masturbar usando vibradores e até que não estava tão ruim assim. Pelo menos me fazia gozar. Mais um pouco e eu acabava apaixonada pelo brinquedinho.

Dia desses pensei em contratar um garoto de programa. Precisava sentir uma respiração ofegante ao pé do meu ouvido. Mas quando olhei na carteira só tinha o cartão de crédito e o banco era muito longe. Deu preguiça. Desisti e parti pro de sempre.

E foi assim, durante muito tempo, até o meu chuveiro quebrar. Sabe aquela história do amigo do amigo que o amigo diz que "tem tudo a ver com você"? Eu ficava irritada quando um amigo ou uma amiga queria me apresentar alguém que, na concepção dele, ou dela, daria super certo comigo. Como se eu estivesse desesperada para desencalhar (não que isso fosse mentira).

Então... o chuveiro. Antes de quebrar, eu havia conhecido um amigo de um casal de amigos meus (que, segundo eles, tinha "tudo a ver comigo"). Não dei muita importância, mas acabou que ficamos muito próximos. Semanas após, o chuveiro aqui de casa quebrou e tão logo soube, ele se ofereceu para consertar. Bendito chuveiro!

Resumo da ópera: não é que temos mesmo tudo a ver um com o outro? Ele não se incomoda com o bafinho matinal, eu continuo dormindo esparramada, só que agora nos braços dele, ele adora minhas pipocas de domingo à tarde e depilar tem sido bastante prazeroso.

Então, calcinhas solteironas, aí vai a dica: nunca deixe de conhecer o amigo do amigo - ele pode realmente ter"tudo a ver com você"; não se irrite se seu chuveiro queimar - tem seu lado positivo.

Preciso dizer mais alguma coisa? Acho que não, né?

Postado por Érika

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Pasta de tomate seco

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É que no último post Erikinha disse que ia colocar a receita da pasta de tomate seco que "ela" inventou. Como assim "ela" inventou? É muita cara-de-pau!

Na verdade quem inventou essa pasta fui eu. EU! Tudo bem que Érika teve sua parcela de participação, sugerindo que eu acrescentasse manjericão.

Vamos à receita, entonces!

Tomate seco (óbvio, já que a pasta é de tomate seco)
Pimentão (da cor de sua preferência - eu gosto do amarelo)
Cebola (também tanto faz se for da roxa ou da normal - não deve fazer muita diferença)
Manjericão (muito bem sugerido por Erikinha)

Medidas: não sou muito boa nisso. Sempre vou no bom senso e aposto no de vocês também.

Cortem o tomate seco em pedaços bem pequenos. Faça o mesmo com a cebola e o pimentão. As folhinhas de mangericão eu também corto. Na verdade eu rasgo. Érika coloca inteira. Depois vocês vão pegar esses ingredientes e vão misturar com o requeijão cremoso até formar uma pasta. Hum... acabei de pensar que com queijo cremoso do tipo cheddar também deve ficar bom. Vou fazer o teste neste fim de semana e conto pra vocês.

Depois de pronta, é só passar no pão, na torrada, no biscoito, onde você quiser. Eu gosto muito de comer com pão de forma plus vita 12 grãos (é ótimo para o intestino), biscoito cream cracker e no pão sírio. Hum... acabei de me lembrar do beirute do Museu Carlos Costa Pinto, aqui no Corredor da Vitória. Recomendo!!

Outra coisa: Érika ainda coloca uva-passa. Particularmente, prefiro sem, mas é que aquilo ali tem mania de uva-passa.

Mais uma coisinha: se você não gosta de cebola, de pimentão ou de ambos, não tem problema. A pasta fica boa sem esses ingredientes também.

Uma outra coisinha: acabei de ver uma receita de pasta de tomate seco que leva clara em neve. Nunca na minha vida eu consegui separar a clara da gema, quanto mais bater em neve.

E por último: bon appétit!

Postado por Bárbara

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Sem jeito mandou lembrança

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Dias atrás fomos todas à casa de Bárbara para assistir filminho. Assistimos ao Julie e Julia e, ao final, ficamos todas com vontade de aprender a cozinhar.

Somos verdadeiros desastres gastronômicos. A única que sobrevive é Bárbara. Júlia, que como nós, mal sabia fritar um ovo, tornou-se referência em gastronomia na França. E a história foi real! Logo, se ela conseguiu, porque eu não posso, ao menos, aprender a cozinhar? Não penso em me tornar chefe de cozinha, mas, pelo menos, aprender fazer um arrozinho soltinho, ah, isso eu bem queria.

Saí da casa de Bárbara decidida a aprender. Para seguir com o meu projeto comecei gravando um vídeo para o programa "Que Maravilha!", de Claude Troisgros, no canal GNT. Claude é um chefe de cozinha que vai até a sua casa te ensinar a cozinhar, caso seu vídeo seja selecionado. O meu tá gravado, mas não tive coragem de mandar ainda.

Outro dia senti vontade de tomar sopa de legumes. Nada daquelas sopas de saquinho. Queria aquela que minha mãe fazia quando eu era criança. Resolvi então me aventurar. Fui ao mercado e comprei batata, cenoura, cheiro verde, cebola, pimentão, caldo knor (queria o maggi - o caldo nobre da galinha azul - alguém se lembra desse?) e peito de frango (minha mãe fazia com carne, mas eu sempre preferi frango). O macarrão e o resto dos ingredientes eu tinha em casa. Aliás, macarrão é o que não falta na minha casa. É que é a única coisa que eu sei fazer, além de ovos mexidos.

Para complementar a sopa, acrescentei tomate seco (não vivo sem tomate seco - depois coloco aqui a receita de uma pasta que eu inventei com tomate seco, para comer com pão) e manjericão (também não vivo sem manjericão). Acreditem: ficou uma delícia!

A cozinha, como sempre, ficou de cabeça para baixo (um dia eu aprendo a ser organizada. Mas, antes, quero aprender a cozinhar).

Sopinha pronta, hora de guardar as coisas para, enfim, poder saboreá-la. Tomate seco na geladeira, pacote de macarrão no armário e, de repente, o pote de sal escorrega da minha mão. Voou sal para tudo quanto é lado (pelo menos a panela da sopa estava tampada). Tinha sal até no meu cabelo. Ainda bem que no dia seguinte era exatamente o dia da faxineira.

Lá vai Érika pro banho. Não ia tomar sopa toda suja de sal. E o banho era de água fria (até hoje não consegui arrumar um homem pra arrumar meu chuveiro).

Banho tomado, hora da tão sonhada sopa. A novela estava começando. Coloquei a sopa no prato e tomei todinha enquanto via a novela. Chorei horrores vendo Miguel e Luciana, em lua de mel, em Paris, mesmo sabendo que tudo aquilo não passava de um fundo azul. Logo eu que não sou disso (carência é uma desgraça). Um dia hei de encontrar o meu Miguel (mas vou pedir que a nossa lua de mel seja na Disney).

Quanto à cozinha, a faxineira cuidou de limpar tudo no dia seguinte.

Postado por Érika

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Big Brother ao lado

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Há pouco, como já é de conhecimento de alguns, me mudei da Barra para a Pituba. Meu apê na Barra (meu não, porque era alugado) não tinha vista para o mar, mas ficava na cara do Porto da Barra.
Exceto aos sábados, domingos e feriados, depois das 10h, a praia do Porto é a melhor, em Salvador, para quem gosta de nadar. Apesar do problema no ouvido esquerdo que sete anos de natação me deixaram de herança, eu nadava ali quase todas as manhãs. Usava aquele tampão que evita entrar água no ouvido, mas não adiantava muita coisa. Uma gota que seja já me causa uma dor infernal, hoje, não tão insuportável quanto antes. Já me acostumei com essa dor maldita. Nem ela foi capaz de fazer com que eu parasse de nadar (pratico natação desde os 11 anos de idade). Adoro!

Aqui na Pìtuba, moro na orla. Da minha janela vejo o mar e os vizinhos do prédio ao lado. É um verdadeiro Big Brother. Ainda bem que não dá para ouvir certos barulhos. Em tempos de seca, não seria uma boa.
O reality show do prédio ao lado às vezes me diverte. Tem um cara que mora sozinho. Diga-se de passagem, seu apartamento é de muito mal gosto. As paredes da sala são coloridas e mal pintadas. Decerto ele quis dar uma de artista moderno e resolveu, ele próprio, dar esse toque de esquisitice. Os móveis são um sofá velho, um rack com uma TV em cima e uma mesa de plástico, (daquelas de boteco, sabe?) com quatro cadeiras que, se sentadas por uma pessoa que esteja acima do peso, ou seja, por ele, quebram fácil.

Todos os dias, por volta das 21h, ele se senta numa dessas cadeiras (duas: uma amontoada sobre a outra, que é para aguentar o peso) com a janela escancarada, só de cueca (se ao menos fosse bonito, mas o cara é bem estragadinho). Ele fica horas ali, vendo TV. Não que eu fique o tempo todo observando os movimentos do cara, mas sempre que venho aqui na sala, me deparo com essa visão do inferno.

O mais curioso é que todos os dias ele chega com uma mulher diferente, que cuida dos afazeres domésticos e em seguida, vai ver TV sentada no colo dele. Ele bem tem cara daqueles "tiosão" que nunca se casou e nem teve filhos, que tem um emprego marromeno e tira uma de pegador, quando na verdade todas essas mulheres são pagas para estarem com ele. Deve ser daqueles que frequentam puteiro, mais conhecido aqui na Bahia como "brega".

Gente, ele tem cara de porco, daqueles que tem crosta no pênis (nunca vi pênis encrostado, mas imagino o quanto deve ser nojento). Ele não tem cara de que tem chulé. Ele tem pelo nas costas. Também tem cara de babão e eu sou uma tremenda de uma desocupada, que deveria estar dormindo em vez de ficar falando da vida alheia.

Qualquer dia desses eu falo do adolescente que fica vendo TV de madrugada. Deve ficar se masturbando vendo filme pornô enquanto os pais estão dormindo.
Quer horror!

Postado por Renata

Um homem, por favor!

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Tem horas em que eu tenho certeza de que "sou mais macho que muito homem", mas há mmentos em que eles fazem muita falta, e não falo apenas no sentido emocional, porque eu já aprendi a me consolar com os mocinhos hollywoodianos e outros brinquedinhos que eu não preciso citar aqui. Claro que não substitui, mas ajuda bastante.

Esse da foto, dependendo do atributo que a mesma esconde, seria perfeito se, além de me dar o que eu preciso, lavasse, passasse, cozinhasse, fizesse massagem nos meus pés e trocasse o chuveiro.

Minha casa quase pega fogo por duas vezes. Eu morro de medo de eletricidade, mas troco uma lâmpada como ninguém. Já troquei a resistência do chuveiro duas vezes também e outra vez até troquei o chuveiro. O problema foi que eu não consegui enrolar os fios direito. Funcionou bem por algumas semanas até que uma vez, durante o banho, senti um cheiro de queimado. Quando olhei para cima, estava saindo fumaça dos fios. Ah, gente, pelo menos eu tentei. Chamei um eletricista que ficava sempre aqui no bairro e ele ajeitou tudo para mim.

Esta semana aconteceu algo parecido com o episódio acima. Estava eu, tomando aquele banho bem quente (pode fazer o calor que for, mas banho, para mim, só se for muito quente, a ponto de deixar o banheiro todo embassado) e de repente, aquele cheiro familiar de queimado. Dessa vez não chegou a sair fumaça do fio, todo desgastado por causa do salitre. Maldito salitre. Desliguei na mesma hora e coloquei no frio. Nunca desejei tanto um homem, como naquele momento. Ai, gente... banho frio é o fim! Mas eu precisava terminar, porque estava com a cabeça toda cheia de shampoo. Foi horrível!

No dia seguinte, de manhã bem cedo, lá vou eu tomar banho. Liguei o bendito e aquela água gelada começou a cair. Então coloquei no modo verão. Funcionou. Mas é bem verdade que "alegria de pobre dura pouco". Durou até hoje pela manhã, porque quando voltei do trabalho e fui tomar banho, notei que o chuveiro estava no frio. Pensei: a faxineira deve ter mudado pra poder lavar dentro do boxe e esqueceu de voltar pro modo anterior, como de costume. Voltei pro modo verão e... surpresa! Quando liguei saíram faíscas verdes do fio e eu estou até agora sem tomar banho. Cadê o homem? Cadê? E não é qualquer homem, porque meu ex era mais medroso que eu. Era eu quem trocava as lâmpadas da casa dele.

Postado por Érika

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tradução

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Prada Handbag Chocolate: R$ 12x de 198,45 no cartão (tem gente que passa fome mas compra)

Sapato Arezzo: R$ 199,00 à vista (prefiro minhas melissas)

TV LCD 42'': R$ a perder de vista no crediário (o meu trambolho de 21'' tem cumprido o seu papel)

Uma carta linda, acompanhada de um vaso de flores, após um dia cansativo de trabalho: não tem preço.

Postado por Gabi

Sessão tortura

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Estou falando do ortodontista. Quer tortura pior que essa? Não conheço outra.

Há três anos, uma vez ao mês, eu tenho que ir ao ortodontista apertar o aparelho. Não aguento mais. Estou quase mandando o infeliz tirar essa porcaria. E não adianta dizer que a gente se acostuma, porque é mentira. Eu nunca me acostumei com isso.

Por que eu coloquei? Vou explicar. Aos 12 anos eu arranquei meu último dente de leite: o canino direito. Minha boca é pequena, tal qual minha arcada dentária. O resultado disso foram 14 anos banguela, com o canino incluso, por falta de espaço para nascer.

Você pode estar pensando: mas por que não arrumou isso antes? E eu explico: não tinha dinheiro. Antigamente aparelho era muito caro. A manutenção custava meio salário mínimo e aquela parafernalha toda que eles colocam na boca da gente custava mais que o salário da minha mãe, que, além de mim, sustentava mais três. É, pois é... não rolou. O importante é que, antes tarde do que nunca, meu canino já está aqui, direitinho, e meus dentes estão lindos.

Por que não tiram logo esse sofrimento de mim? Nem precisa ser muito inteligente para constatar que eles querem arrancar meus suados R$ 80,00 todo mês.

E hoje é dia de sessão tortura. Minha boca está toda cortada e eu sempre engulo aquela massinha que eles dão para proteger a parte de dentro dos lábios do aparelho. E o fio dental? Que coisinha mais irritante, gente! Eu confesso que não uso todos os dias. Vivo levando bronca do meu dentista, mas não tô nem aí. Odeio!

Nem posso comer amendoim, senão quebra um bracket e toma-lhe mais bronca. Mas quer saber? Como diria aquela do Zorra Total (confesso que TV à cabo, sábado à noite, às vezes não tem nada melhor): "To pagaaaaaando!"

Durante as refeições, prefiro comer sozinha, para não correr o risco de sorrir e mostrar um pedaço de carne pendurada no dente.

Se demorar muito eu pego a pinça e acabo com isso.

Postado por Renata