domingo, 28 de fevereiro de 2010

Surpresa!!!

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O carnaval acabou, as férias chegaram ao fim, o trabalho na minha mesa está acumulado, minhas pernas estão cheias de varizes, minha pele continua oleosa, meu manequim pulou de 36 para 38 e de P para M, minhas costas tatuadas estão cheias de espinhas, minha preguiça triplicou e, para completar, minha criatividade resolveu tirar férias por conta própria e sem avisar. Estou sozinha, gorda, cheia de acne e, ainda por cima, burra.

Só falta minha mãe resolver me fazer uma visita surpresa.
O telefone toca em pleno expediente. Pronto. Não falta mais nada.
- Oi, minha filha!
- Oi mamãe
- Estou com saudade
Eu não podia dizer o mesmo, mas...
- Eu também
- Que horas você sai do trabalho?
- Às 17h
- Eu estou aqui embaixo do seu prédio
- Mentira!
- Verdade! Vim passar uns dias com você
- Que legal! (legal uma ova... queria tirar o fim de semana para descansar e agora vou ter que ficar fazendo programinhas turísticos)
- Ok. Estou indo levar a chave pra você
- Se não fosse minha mala tão pesada eu iria aí buscar. Mas se for te atrapalhar eu espero você chegar.

Eram aproximadamente 14h30 e eu só ia sair do trabalho às 17h. Talvez devesse deixá-la esperando. Quem sabe ela daria meia volta até o aeroporto e voltasse pra casa?

Saí no meio do expediente e fui levar a chave. Um calor insuportável e uma dor de cabeça dos infernos. Havia chegado do Rio no dia anterior, gripada por conta de ter que dormir no ar condicionado e com o ventilador de teto, os dois ligados no máximo (ou era isso ou eu morria de calor). Ainda não tinha desfeito as malas e a casa estava uma zona (pelo menos ela colocou tudo em ordem, já que tem mania de organização).

Enfim. Não era um dia legal para receber minha mãe. Tinha planejado todo um fim de semana solitário, introspectivo e de faxina e aí... PIMBA!

Estou sem saco para fazer passeios turísticos, não estou a fim de ir à praia, ainda mais agora que estou gorda e com as costas recém tatuadas.

É. Eu sei. Estou mesmo insuportável. E olha que nem estou de TPM. Não pensem que não gosto da minha mãe. Eu a amo, mas não estou no clima. Tadinha, ela só quis fazer uma surpresa.

O engraçado é que eu morei 3 anos em Volta Redonda e, fora quando tentei suicídio, ela nunca foi me visitar. Agora que estou em Salvador, já veio 3 vezes em menos de um ano. Por que será??

Acho que vou voltar à Volta, que é para não correr o risco de uma surpresa tão agradável. Já pensou se ela chega num momento impróprio (se é que vocês me entendem)?


Postado por Érika

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Procura-se um marido xuxuzinho

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Procuro um gato, nesse mundo cão
Um candidato à vaga do meu coração!
Não precisa ser rico, basta me amar
Mas se tiver alguns dólares, não vou chorar!

Papai do Céu, me dá um namorado
Lindo, fiel, gentil e tarado
Xuxu, xuxuzinho
Par de vaso
Minha uva, meu vinho

Um piquenique numa ilha
Hulla-hulla, maravilha
Sem telefone, sem ninguém
You Tarzan, Me Jane
Um anel no dedo
Um marido na mão
Eu Dalila, ele Sansão

Josefina e Napoleão
Eu Isolda, ele Tristão
Maria Bonita e Lampião
Eu a mina, ele o rei Salomão
Eu Cosme, ele Damião

Xuxuzinho, xuxuzinho
Minha uva, meu vinho!
(Rita Lee e Roberto de Carvalho)

Não quero encontrar um amor, porque eu só encontro furada.
Quero que o amor me encontre...
Cansei do meu namorado imaginário, embora ele me ame sem nada pedir em troca e me compreenda melhor que qualquer pessoa.
Eu só queria ter um final feliz como a Cinderela, a Branca de Neve, a Bela Adormecida, a Rapunzel, a Bela (aquela da Fera), a Amélie Poulain, as Helenas de Manoel Carlos, as mocinhas das novelas mexicanas, dos filmes de Hollywood...
Ai ai... suspirei!

Postado por Bárbara

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Como se chama o nome disso?

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Hoje acordei um tanto "poética", melancólica, sei lá o quê. Reencontros desejados e ao mesmo tempo indesejáveis tem o poder de deixar pessoas como eu meio assim, sei lá o quê, e é exatamente isso o que eu sinto: um não sei quê esquisito, aflitivo, que me revira o estômago, palpita-me o coração e arrepia a minha pele.

Sabe aquele não sei quê que traz ódio e ao mesmo tempo uma saudade daquela que te faz sentir vontade de abraçar, beijar, olhar, amar? Um sei lá o quê que sei lá como explicar? Um não sei quê que não sei como definir? Não, né? Mas é isso mesmo o que estou sentindo.

Um não sei quê que me tira a paz, me faz sofrer e me põe a inclinar a cabeça sobre o encosto do sofá, a olhar para o nada, esperando o motivo de todo esse não sei quê. Um não sei quê que me faz chorar, fugir, sumir, morrer. Um não sei quê que me deixa com dúvidas e ao mesmo tempo me dá certezas.

Sei que me é contraditório. Sei que, na verdade, não sei é de nada, mas, ao mesmo tempo, sei de quase tudo (porque tudo mesmo, ninguém tem como saber).

Não, nada de amizade. Nem amor. Nem sexo. Nem olhar. Nada de você, mas tudo por você.

Já perceberam que todos os problemas das mulheres, pelo menos a maioria deles, são de ordem emocional? E mais: sempre tem um bofe envolvido.
Postado por Renata

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Na sala de embarque

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Impressionante como as pessoas conversam no celular, dentro das salas de embarque, nos aeroportos. Hoje, na sala de embarque do Galeão, uma mulher sentou-se na minha frente e travou uma conversa de mais de meia hora. Às vezes me pergunto o que tanto essas pessoas conversam. Tudo bem que eu não tenho nada a ver com isso, mas será que há mesmo alguém do outro lado da linha ou a pessoa está fingindo que está falando com alguém para passar o tempo, chamar a atenção dos outros ou simplesmente para mascarar a solidão daquela espera chata pelo vôo atrasado? São sempre os solitários que fazem isso.

Eu mesma já fiz muito isso. Ainda faço de vez em quando. Hoje fiz diferente. Trouxe o chip que uso no modem da vivo e coloquei no meu celular. Não, não tenho notebook e minha internet é 3G porque minha linha telefônica fixa ainda não tinha disponibilidade para o velox.

Entrei no MSN, mas estava sem assunto e ninguém quis puxar conversa comigo. Decerto estavam todos sem assunto também. Internet é isso, né, gente... nos conectamos e ficamos ali, paralisados, olhando para a tela do computador, sem saber o que fazer, tentando inventar um assunto para puxar com algum amigo online ou pensando que perfil de orkut fuçar. Graças a Deus eu tive o bom senso de encerrar minha conta. Estava ficando viciada naquilo. Tem o youtube também, mas eu nunca sei a que vídeo assistir.

Depois de muito ficar olhando para visor do celular, resolvi escrever isso aqui. Sim, eu estava sozinha na sala de embarque. Comecei a escrever desenfreadamente e as pessoas não paravam de me olhar. Eu estava mesmo parecendo uma louca com meus óculos de armação vermelha.

Tá aí uma nova maneira de passar o tempo e chamar a atenção alheia no aeroporto. Ajuda também a espantar a solidão, já que quando escrevo sinto-me como se estivesse conversando com alguém. E estou, né gente? Do mesmo jeito que conversava no celular, sem ninguém do outro lado da linha, converso com vocês, mesmo vocês estando dispersos pelos quatro cantos do mundo.

E quem nunca teve amigos imaginários, não é verdade? Eu tenho até um namorado imaginário, mas isso é um segredo que fica aqui entre nós.

Postado por Bárbara

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sábado de manhã

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Explicando: Borracharia é o nome de um bar alternativo aqui em Salvador. Fica no Rio Vermelho e só toca músicas legais. Adoro!

Outro fim de semana, outra tragédia. Tá, não foi bem uma tragédia, mas podia ter tido um final melhorzinho.

Sexta passada fui com Deby à Borracharia. Ela, como sempre, se deu bem e eu fiquei horas paquerando um cara de chapéu e... nada. Sempre dava um jeito de passar perto dele, pra ver se ele me notava e... zero! Será que há algo de errado comigo, gente? Detesto homens "fortinhos", mas são os que sempre se aproximam de mim.

Voltemos ao cara do chapéu. Lá pelas tantas eu o vi caminhando em direção à saída e, no desespero, após 4 latinhas (ultimamente tem sido o máximo que consigo beber) fui atrás. Valia à pena. Ele era lindo, vocês não tem noção. Mas aí ele começou a dar em cima de uma loira. Por que sempre tem uma loira para me atrapalhar? Será que é verdade aquilo de que eles preferem as loiras e por isso é que eu estou sozinha? Mas Deby não é loira. Eu me recuso a pintar meu cabelo de loiro, mas ainda saio na noite com uma peruca loira, lisa e no meio das costas, pra ver se dá samba.

Quando percebi que ele estava dando em cima da loira, dei meia volta e fui dançar. Do meu lado, eis que surge um outro, estilo o Thiago de Érika, aquele que ela descreveu no seu último post. A diferença é que esse não era baixinho, nem barrigudinho. Lindo, gente! Mas eu fiquei na minha. Sei lá... ele também podia preferir as loiras.

Para a minha surpresa, ele foi se aproximando e me tirou para dançar. Dançamos desengonçadamente, conversamos, demos boas risadas. Papo vai, papo vem, dois pra lá, doi pra cá e... beijo! Ele me beijou! Fazia tempo que não ficava com ninguém.

Giovani era o nome dele. Ficamos juntos o resto da noite. Deby foi embora com o carinha que tinha conhecido e eu lá continuei com o gatinho.
Amanheceu o dia. Fomos caminhando até a praia. De repente um carro para do meu lado. Era o barman,aquele que tira a Bárbara do sério. Com razão. O cara é uma delícia. Estacionou, desceu do carro, me abraçou, me deu um beijo na testa e foi embora.

Fiquei com Giovani até umas 6h30.

- Tenho que ir
- Vou com você
- Não, não vai. A faxineira vai chegar lá em casa daqui a pouco
- E daí?
- E daí que eu não quero que ela chegue e você esteja por lá
- O que tem? Você deve alguma satisfação para ela?
- Melhor cada um ir para a sua casa
- Não precisamos fazer nada que você não queira. Não vou te forçar a nada

Homens... todos vem com esse papinho, mas nós sabemos que não é assim que funciona. De um jeito ou de outro eles sempre conseguem o que querem - a carne é fraca... se ele viesse pra casa comigo ia acabar rolando e a faxineira ia atrapalhar tudo. Estava muito em cima da hora para desmarcar com ela. E eu também não estou mais no clima de transar com um cara que acabei de conhecer. Cansei disso, gente. Cansei. Tenho dito isso com bastante frequência, inclusive (ainda não me acostumei com a ausência do trema. A palavra fica estranha).

- Não. Eu vou para a minha casa e você para a sua (Eu sei que o correto é eu vou à minha casa e você à sua, porque quem vai vai "a"... e blá, blá, blá... mas é português coloquial, vocês me entendem, né?)

Enfim... no final decidimos (eu decidi e a ele só restou concordar) que cada um seguiria o rumo de casa. Eu vim de táxi e ele foi de ônibus. Ele mora na Pituba e eu no Campo Grande. Estávamos no Rio Vermelho. Não tinha nem como um acompanhar o outro (caminhos opostos).

- Como eu faço para te ver de novo?
- Simples! Te dou meu telefone e você me liga.
- Eu estou sem meu celular e não tenho nada aqui para anotar. Você tem?
- Não. Me dê o seu número e eu disco para ele agora. Aí, quando você chegar em casa, meu número vai estar lá.
- Tudo bem.

Gravei o número dele e disquei. Alguém atendeu. Estranho, pensei. De repente caiu direto na caixa postal. É... foi isso, pensei de novo.

Nos despedimos (eu sei que não se começa uma frase com pronome oblíquo, mas é que soa melhor) e em seguida, assim que viramos as costas um para o outro, toca meu celular. Era o número que ele havia me passado. Não atendi. Fiquei receosa, com vergonha, sei lá. Tocou mais duas vezes e em nenhuma das duas eu atendi. Será que ele me passou o número errado? Devo ligar, então, para tirar isso a limpo? Será que o nome dele era Giovani mesmo? Será que era o número dele e a namorada atendeu? Será que ele é casado?

Gostei dele. Gostei mesmo. Mas acho que o que aconteceu terminou ali, no momento em que nos demos as costas para seguirmos nossos caminhos.

O que vocês acham?
Postado por Renata

Noveleira sim. Algum problema?

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Ando com os nervos a flor da pele com essa novela do Manuel Carlos. Adoro as novelas dele. Para mim são as melhores. Mas esta está me dando nos nervos. Será que ele ainda não percebeu que o povo quer ver logo Miguel e Luciana Juntos? Putz... o que ele quer? Me deixar sem unhas, estressada, com raiva, porque, gente, eu estou com uma raiva... Aquela Ingrid, gente, dá vontade de esganar. Capaz de encontrar com Natália do Vale no Calçadão do Leblom e dá-lhe uma bifa.
Ai que ódio!

Pronto. Desabafei!

Postado por Gabi

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Falando em milico...

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Já que o assunto é milico, tenho uma historinha para contar.

Foi em Salvador, ano passado, quando fui passar uns dias na casa da Rê.

Era uma tarde de domingo. Enquanto Rê foi à bienal do livro, coloquei o biquíni e desci até o Porto da Barra. Parecia um formigueiro de tão cheio. Tinha gente de todo jeito, do mundo inteiro e olha que nem era alta temporada. A verdade é que não existe baixa temporada na Bahia.

Pedi um sombreiro, uma cadeira e uma água de coco. Abri meu livro e esqueci o mundo ao meu redor.

De repente, uma criatura de short verde oliva se aproximou.
- Oi, gata!
Olhei pra ele e voltei ao meu livro, que estava muito mais interessante.
- Te observei de longe e me interessei. Dificilmente me interesso assim por uma mulher. Elas é que se interessam por mim.
Continuei com minha leitura. Detesto gente que se acha. Se pelo menos ele pudesse se achar...
- Adoro mulheres de cabelo liso!
Se eu tivesse o cabelo crespo, certamente ele diria que adora mulheres de cabelo crespo.
- Quer uma cerveja?
- Não
- Qual é o seu nome?
- Aline (Eu sempre minto meu nome para certos tipos de desconhecidos)
- Prazer: Sargento Luciano (nem me lembro se esse era o nome dele. Só me lembro do sargento, porque ele fez questão de ser enfático)
Será que ele achou que o fato de ser sargento de alguma coisa iria despertar meu interesse?
- Grandes merdas (não disse isso, apenas pensei)
Dei um sorriso amarelo, tentando ser educada, e voltei à minha leitura.
- Você é daqui?
- Não
- Que livro é esse?
Que diferença faria eu dizer que livro estava lendo? Ele não ia saber mesmo do que se tratava. Não tinha cara de ser alguém adepto à leitura.
- A insustentável Leveza do Ser
- De quem é?
- Milan Kundera
- Hum... interessante!
k k k pra ele.
- Que tipo de música vc curte?
- Tudo, menos pagode, sertanejo, funk e axé
- Então não é tudo, né, gata! (nisso ele tinha razão)
- ...
- Você é muito exigente. Tem que aprender a apreciar certas coisas.
k k k pra ele de novo
- Mas eu também não gosto muito dessas músicas. Só que se rolar eu curto. Questão de respeito, sacou?
- Tudo bem que você pense assim. Eu não gosto e pronto.
- Vai ter um show massa hoje e eu queria te convidar
- ...
- Beto Jamaica, conhece?
- Ouvi falar
Claro que eu sei de quem se trata. A mídia não deixava ninguém esquecer na época que o "tchan" estourou.
- Um brother meu tem uns convites. Eu arrumo um pra você.
- Não, obrigada. Não gosto de Beto Jamaica.
- Eu também não, mas vou lá prestigiar.
- Bom show pra você.
- Nossa... que tatuagem linda!
(Eu tenho umas flores tatuadas no braço)
O idiota veio com a mão, tentando alisar meu braço.
- Não precisa passar a mão.
- Você é muito difícil, gata. Tem mulher aí que daria tudo pra estar comigo, mas eu quero estar com você.
Ohhhh... quão privilegiada eu sou por isso!
- Acho melhor você ir atrás dessa mulher, porque eu não quero mesmo estar com você.

Arrumei minhas coisas, levantei, fui embora e deixei o milico lá, sozinho, com cara de tacho, pra deixar de ser otário.

Pior que quando cheguei em casa, me dei conta de que não havia pago o cara do sombreiro. Será que o miulico pagou?

No caminho até a casa da Rê, um coroa de uns 60 anos (se tinha menos, tava bem acabadinho) se aproximou. Mas essa história eu conto depois. Só vou adiantando que não, não peguei o coroa!

Postado por Gabi

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Janela indiscreta

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Moro sozinha num apê quarto e sala, em um bairro bem localizado de Salvador. Minha janela não fica virada para a rua (melhor assim, porque o barulho da rua me irrita). Fica de frente para uma árvore, um pé de sapoti, e virada para os fundos de um quartel do exército, de soldadinhos mirrados.

Acordo, de segunda à sexta, com o barulho do toque de levantar do quartel, às 6h da manhã, e o canto dos passarinhos no pé de sapoti. Não reclamo, porque, com ou sem barulho, eu teria mesmo que acordar a essa hora. Às vezes acordo até mais cedo para poder fazer minha caminhada no Porto da Barra. Além do mais, eu adoro canto de passarinhos.

As cortinas das minha janelas, tanto do quarto quando da sala, são do tipo blackout. No quarto, porque adoro dormir e acordar no escurinho. Na sala, porque não gosto de claridade quando estou vendo meus filmes de domingo à tarde. Normalmente as da sala ficam abertas. Só as fecho durante minhas sessões de cinema em casa.

Morar sozinha me deixou cheia de manias. Uma delas é a de andar seminua, às vezes nua, pela casa. Isso acontece sempre depois do banho, ou quando estou trocando de roupa, ou por causa do calor, ou pela agonia de chegar da rua e já ir logo tirando a calça jeans. O problema é que, fora quando estou vendo meus filmes, as cortinas da sala sempre estão abertas e eu me esqueço dos soldadinhos franzinos. Daí que eu fico desfilando nesses trajes pela sala, que é passagem do quarto para a cozinha e fica todo mundo olhando. Já abstraí isso. Nunca tive vergonha dessas coisas. Afinal de contas, quem nunca viu uma mulher pelada ou só de roupas íntimas?

Também tenho mania de fumar meu cigarrinho Vogue Ment, sentada no parapeito da janela, observando os macaquinhos pulando de galho em galho na árvore ou, simplesmente, olhando para o nada e pensando nas coisas da vida. Este, aliás, é o que eu costumo chamar de meu "momento reflexão".

Então... outro dia cheguei em casa, de um dia cansativo de trabalho, e, como de costume, tirei a roupa e vesti um short que estava jogado na cadeira do computador. Na parte de cima, apenas o sutiã. Mas era um sutiã coloridinho. Parecia um biquíni. Sentei na janela, acendi meu Vogue e mergulhei nas minhas reflexões. De repente apareceu um soldadinho baixinho e parrudinho. Ficou me olhando, como se estivesse me comendo com os olhos. Modéstia à parte, não sou assim de se jogar fora. Mas também estava de short e sutiã. Nem tinha me dado conta desse detalhe.

Foi se aproximando da quadra e, com o olhar fixo em mim, começou a fazer aquele exercício de barra. Foi um show de exibicionismo. A minha reação? Fala sério... soltei uma gargalhada, levantei e fui pegar uma cerveja. Sinceramente, não gosto de homens musculosos.

Postado por Débora

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Putz...

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É sempre assim: você está só há meses. Não aparece uma alma a fim de você. De repente, quando menos se espera, aparece um. Depois que esse um aparece, você fica com ele e vai ficando, ficando... aí começa a chover na sua horta.

Foi exatamente isso o que aconteceu. Estava sozinha há meses, louca para conhecer um carinha interessante, que quisesse assumir um compromisso sério, mas ele nunca aparecia. Então resolvi desencanar. Estava muito bem sozinha, saindo e me divertindo horrores no verão de Salvador, quando conheci Thiago. Bonitinho, fofinho, todo "inho", inclusive novinho. Vinte e três aninhos. Não me incomodei com isso. Fiquei com ele e fui ficando até que conheci Adriano e depois Flávio e depois Lucas. Todos bonitinhos, a exceção de Lucas, que em vez de bonitinho, é lindo. Meu número. Mas isso eu só descobri depois de ter escolhido continuar com Thiago e deixado Lucas partir pra outra.

Ai, gente... que arrependimento! Thiago é imaturo e sustentado pelos pais. Não faz nada. Coça, bebe e fuma maconha o dia inteiro. É daqueles que fica tirando uma de que "bebe pra caralho" e fuma "bagulho do bom". Sabe como é? Tipo: "Pô véi, fumei uma da boa e tô bebendo desde segunda-feira sem parar". É um desocupado, gente! E ainda gosta de axé e vai sair no bloco do Jamil no carnaval. Só que eu não sabia disso. Fiquei sabendo hoje, depois de ter saído com ele e sua turminha de amiguinhos pós-adolescentes pegadores. Ai, se arrependimento matasse!

Lucas é músico, mora sozinho, gosta de teatro, cinema, pubs, usa óculos e barba por fazer. É formado em Letras pela Universidade Federal da Bahia e em março começa o mestrado. É calmo, bebe pouco, tem a mesma faixa de idade que eu, gosta das mesmas coisas que eu. Lindo, gente! Lindo (Apesar de baixinho). Sem contar que é super educado e ainda sabe cozinhar. Um cavalheiro, do tipo que abre a porta do carro e manda flores. Semana passada ele bem me mandou um vaso de orquídeas no trabalho. Morri de vergonha.

Ambos buscam um relacionamento sério, mas a diferença entre eles é visível. Lucas é baixinho e meio barrigudinho. Thiago é alto e magrelo, do jeito que eu gosto. Lucas é mais sério, fechadão e Thiago é bem humorado, me faz sorrir, é super divertido e carinhoso comigo e nunca deu toque no meu celular (né, Bárbara! rs). Mas depois de hoje não vai dar. Eu não vou conseguir ser amiga dos amigos dele nem vou conseguir aturar suas atitudes pós-adolescentes.

Quanto aos outros dois, são gente boa também, mas não tive a oportunidade de conhecer melhor, porque dispensei logo e eles desistiram no ato. Tavam só a fim de pegação mesmo.

Depois dizem que nós mulheres ficamos escolhendo demais. Quem manda eles aparecerem, todos, ao mesmo tempo? Ai que ódio! Pior que agora eu não tenho as caras de ir atrás de Lucas. Foi aquilo... o cara cansou de insistir. Fez de tudo, mas... cansou.

Vou ficar chupando dedo de novo...

Postado por Érika