quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Playlist

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1. Vou de táxi (Angélica)
2. Ilariê (Xuxa)
3. Uni duni tê (Trem da Alegria)
4. Festa do amor (Paty - hoje conhecida como Patrícia Marx)
5. Doce mel (Xuxa)
6. Deixa a vida rolar (Mara Maravilha)
7. He-Man (Trem da Alegria)
8. Ursinho Blau Blau (Silvinho)
9. Turma da Xuxa (Xuxa)
10. Dona Girafa (Xuxa)
11. Tindolelê (Xuxa)
12. Superfantástico (Balão Mágico)
13. Ai meu nariz (Balão Mágico)
14. Pular corda (Trem da Alegria)
15. Se enamora (Balão Mágico)
16. She-ha (Trem da Alegria)
17. Amante Profissional (Erva Doce)
18. Curumim (Mara Maravilha)
19. Baile dos Passarinhos (Balão Mágico)
20. Piruetas (Os Saltimbancos Trapalhões)

Se você é sedentária, precisa perder uns quilinhos e viveu sua infância nos anos 80, lá vai a dica:

Abasteça seu Ipod, MP3 ou MP4 com as músicas acima e vá correr na orla, no parque ou no bairro ao som da sua infância. Nada como sentir o vento bater no rosto e desgrenhando o cabelo e, à beira dos trinta, poder voltar vinte anos no tempo e imaginar-se brincando de pic-pega, pic-esconde, queimada e de jogar futebol com os meninos da rua, numa época em que tudo isso era possível. Você não vê o tempo passar e ainda entra em forma se divertindo.

Comigo tem funcionado. São 8km alternados entre caminhada rápida e corrida, com um belo sorriso no rosto. Só cuidado para não se empolgar e sair cantando as músicas enquanto corre ou caminha. A não ser que você faça questão de que saibam o que está tocando no seu aparelho. Eu, por exemplo, não ligo!

E vamo que vamo, porque os trinta vão chegando e a lei da gravidade não perdoa!

Postado por Renata

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A tragédia do fim de semana

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Começou a chover. Agora é assim: todos os dias, a essa hora, exatamente a essa hora, começa a chover aqui em Salvador. Como eu moro num quarto e sala minúsculo, tenho um varal externo na minha janela, que fica na parte dos fundos do prédio, claro. Imaginem se fosse na frente. O povo ia passar na rua e todo mundo ia ver minhas calcinhas. O porteiro então, aquele tarado, ia ficar olhando minha bunda, coisa que ele faz todos os dias, tentando imaginar qual a calcinha que eu estaria usando. Tem roupas penduradas no varal desde sábado e eu só me lembro disso quando a chuva já está forte e já molhou tudo de novo. Morar sozinha é muito bom, mas ter que dar uma de dona de casa é muito chato. Nessas hora eu sinto saudade da casa da minha mãe, mas não volto pra lá nunca mais.

Ah, sim, a semana vai acabar e eu ainda não contei o que aconteceu no fim de semana. Pois bem. Saí do trabalho muito cansada, na sexta, com dor de cabeça e vontade de ficar sozinha em casa. Lá pelas tantas me liga uma amiga me chamando pra sair. Fomos a um bar, no Rio Vermelho, onde costumamos ir, sempre às sextas. Lá tem um barmam que me tira do sério. Mas isso é outra história.

Na hora de ir embora, conheci um carinha, muito bonitinho, por sinal. Nem tinha bebido muito, mas o garoto era tão lindinho que eu fui lá perguntar o nome dele. Conversa vai, conversa vem, ele veio para me beijar.
- Não, eu não vou ficar com você
- Por quê?
- Parei com isso. Estou em busca de um compromisso sério e certamente não vai ser com você.
- Por que não?
- Meninos como você só querem saber de sair pegando por aí. Além disso, sou velha pra você.
- Quantos anos você tem?
- Trinta
- E quantos anos você acha que eu tenho?
- Vinte e três, no máximo.
- Vinte e seis, gata.
- Tchau!
- Peraí... você vem aqui, fala que eu sou "gatinho", me dá mole e vai sair assim? Eu quero pelo menos um beijinho.
- Tudo bem. Vamos ali no cantinho, que eu não quero que vejam.
- Por quê? Você tem namorado?
- Se eu disse que estou em busca de um compromisso sério, é porque não tenho namorado, né?
- Então você é tímida.
- Você quer ou não quer me beijar?
- Quero!
- Então vem comigo.

Fomos até um canto escondico e escuro, dentro do bar, e nos beijamos. Beijinho mixuruca! Mas também eu não estava no clima pra ficar com ninguém. Não beijava na boca desde outubro. É sério. Sabe, meninas, eu quero mesmo namorar. Decidi que não fico mais por ficar. Ando sem paciência pra isso. Perdeu a graça. Juro que perdeu.
- Você vai me dar seu telefone?
- Pra quê?
- Pra eu te ligar amanhã, ué.
- Não
- Você não quer que eu te ligue? Não gostou de ficar comigo?
- Na verdade não é isso. Dar meu telefone pra você seria perda de tempo. Você não me ligaria. Eu sei. Vocês nunca ligam. Cansei disso. Tchau.
- Quem disse que eu não vou ligar? Quer apostar?
- Tá. Grava aí.
- Espera que eu vou buscar o celular.
Voltou com um celular na mão. Percebi que ele não estava familiarizado com o aparelho.
- Esse celular não é o seu
- Não, é do meu primo. O meu ficou em casa.
- Tá. Grava aí.
- 9976-1897
- É da vivo?
- Sim, algum problema?
- O meu é da oi. Seria melhor pra mim que o seu fosse também, porque aí eu ligo de graça.
Além de tudo o garoto é pobre. Pobre não, deve ser sustentado pelos pais. Duvido que ele tenha 26 anos. Deve ter bem menos.

Sábado: 14h32. Não é que ele me ligou gente? Deu um toque e eu retornei.
- Desculpe ter dado um toque, mas eu não achei nenhum celular da vivo pra te ligar
- Tudo bem.
- Vamos fazer alguma coisa no final da tarde?
- Sim, vamos.
- Te ligo então mais tarde e a gente combina.
- Ok.
- Beijo!
Por volta das 20h ele me liga, ou melhor, me dá um toque. Gente, eu não tenho mais paciência pra essas coisas. Passei da idade. Não quero namorar um cara que fica me dando toques no celular.
- E aí? O que você está fazendo?
- Nada e você?
- Nada também. Vamos sair?
- Não. Estou cansada. Bati perna o dia todo. Vou dormir cedo.
O cara fala que vai ligar no final da tarde e liga às 8h da noite. Também não saio. Não foi esse o combinado.

Domingo: 19h12. Ele dá um toque e eu retorno. Tudo bem, valia à pena. Ele realmente é muito bonitinho e eu ando, como todas vocês, carente. Muito carente.
- Tá em casa?
- Sim
- Você mora sozinha?
- Moro
- hum... vamos dar uma volta?
- Vamos
- Onde você mora?
- Moro no Campo Grande
- Tá certo. Quando eu tiver chegando aí te dou um toque.
- Tá bom.
- Beijo!
Vocês acham que ele ligou? O cara me deu um bolo bem grande. Será que ele achou que eu ia convidá-lo para ouvir música aqui em casa? Me poupe! Minha casa não é motel e nem eu estava a fim de dar. Ando até me estranhando, porque não tenho tido vontade de transar. Nada tem me deixado com tesão ultimamente. Será que muito tempo sem sexo faz a gente perder a libido?
Ainda bem que ele não ligou, porque eu não ia aguentar mesmo. Se fosse em outros tempos eu estaria arrazada. Vocês sabem... eu não podia dar um beijinho na boca de um cara que já ficava fazendo planos para o nosso casamento.
No final das contas eu ia sair com o garoto por falta do que fazer, por carência.

Foi ou não foi uma tragédia?

Postado por Bárbara

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cá entre nós...

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Cortei o cabelo. Estava precisando dar uma renovada no visual. O pessoal lá na agência vai pirar, mas eu não estou ligando muito pra isso, não. Vocês sabem que eu já não aguento mais essa vida de dietas, exercícios físicos e falso glamour. Os carinhas nunca se aproximam de mim. Acham que eu vou sair dando fora neles. Mal sabem eles que eu ando tão carente... profissãozinha ingrata essa minha, viu, meninas. E tantas meninas fazendo de tudo para entrar nesse meio. Ah, se elas soubessem... isso não é vida, gente. Acho mesmo que está na hora de parar. Pensei em pegar uma franquia de uma loja ou dar aulas de passarela. Tenho algumas propostas de agências em Brasília e aqui no Rio. De repente seria uma boa... não sei.

O que eu queria mesmo era ir passar um tempo na Europa, mas eu tenho medo. Pode não parecer, mas eu sou super insegura e ultimamente estou mais insegura que o normal. É, Renata... pelo visto não é só você que precisa dar um jeito na vida. Mas, olha só: vê se joga fora aqueles seus anti-depressivos, antes que essa sua afobação te faça cometer uma loucura. Eu ainda não cheguei a esse estágio de ansiedade.

Bárbara, conta aí a tragédia do fim de semana, vai... Aposto que tem homem no meio. E nem deve ter sido essa tragédia toda. Você tem mania de exagerar.

Beijos!!!

Postado por Gabi

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Para Renata

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Rê,

Você sabe que eu te adoro, né? Aliás, nos adoramos todas aqui no Clube e é por isso que me sinto à vontade pra te dizer estas palavrinhas.

Então... você, na verdade, quer tanta coisa, que acaba se perdendo, sem saber o que quer, realmente. Quer tudo ao mesmo tempo e no final sabe que não vai conseguir nada se ficar nesse desespero. Foco, amiga! É disso que você precisa. Foca em uma ou duas coisas. Por exemplo: você quer ficar rica. Então foque nisso. Vá escrever, porque eu sei que você quer ficar rica escrevendo. Acredite no seu potencial porque você tem. E não sou eu que digo isso. Digo também, claro, mas tem muita gente aí que adora as coisas que você escreve e você sabe. Só que não é assim, de uma hora pra outra, que você vai conseguir escrever e se fazer conhecer, né, Rê. Você sabe que leva um tempo. Mas comece, porque quanto mais rápido você começar, mais rápido a sua riqueza vai chegar. Você sempre foi assim, de querer tudo pra agora, né? Larga de ser ansiosa e imediatista, garota! Você não vai morrer se não conseguir ficar rica antes dos trinta... rsrsrs. Desse jeito você vai acabar se frustrando, viu? Uma coisa de cada vez e eu garanto que você chega lá.

Em relação à carteira de habilitação, já passou da hora de você ter a sua (e eu a minha). Aliás, eu acho que este deve ser o seu foco para os próximos meses. Portanto, esqueça o filho de Adélia, pelo menos nas próximas duas semanas. Oportunidade para conhecê-lo não vai faltar, já que Adélia te adora.

Ainda tem aquela história de você querer ir embora. Por favor, né, Rê. Você saiu do Rio pra fugir de um problema. Conseguiu resolver? Não! E agora quer cometer o mesmo erro? Pior, quer voltar pro Rio? Você acha que se isolar no mato vai ser a solução para os seus problemas? Ainda mais você que vive deprimida porque está sempre só. E não me venha com esse papo de que aprendeu a conviver com a sua solidão, porque nós duas sabemos que isso não é verdade. Você está só porque quer. Vamos combinar que você é linda, inteligente, independente, mas é muito séria. Os caras tem medo de você, sabia? E tome cuidado, porque Márcio também pode ficar com medo.

Eu fico aqui querendo dar uma de conselheira, te dando bronca e tudo mais, mas você sabe que eu sou tão problemática quanto você. Somos todas mal resolvidas, essa é a verdade. Eu não aguento mais tanta solidão, sabia? Ainda bem que tenho vocês, mesmo à distância. Sabe, minha prioridade para este ano é conhecer um cara legal e namorar. Mas está difícil, viu, minha amiga? Depois te conto a tragédia do fim de semana. Foi trágico, mas foi engraçado. Rir das próprias desgraças às vezes me diverte.

Mas Rê, é sério... as coisas não se resolvem com esse desespero todo. E se o Márcio não gostar de você? E se você não gostar do Márcio? Já parou pra pensar nisso? Aposto que não. Essa coisa de ir com muita sede ao pote não costuma funcionar. Eu não preciso te dizer isso, porque você sabe muito bem.

Ai, ai, viu, Renatinha! Até eu fiquei confusa com a sua confusão. Melhor parar por aqui antes que eu tenha que ir parar no psiquiatra também.

Beijinho e se cuda, viu?
Saudade... vê não some!

Postado por Bárbara

domingo, 24 de janeiro de 2010

No analista

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Doutor,

Tenho andado muito agitada desde a virada do ano. Estou depositando todas as minhas expectativas neste ano que acabou de chegar. Sinto como se estivesse nascendo aos 29, cheia de sonhos e vontades de fazer e acontecer. Quero mudar tudo, doutor. Quero jogar os últimos 29 anos no lixo, porque sinto que eles não serviram para nada. Este ano quero mudar minha vida e se isso não acontecer, talvez eu prefira nem passar para o próximo ano.

Eu quero ficar rica. Isso mesmo, doutor, rica. Como? O senhor sabe, fazendo o que mais gosto. Só não sei como fazer para fazer o que gosto. O senhor me entende? É, doutor, eu sei que ando desacreditada, mas neste ano eu sei que algo pode acontecer. Eu quero que aconteça, acreditando ou não. Eu preciso que aconteça. Preciso mudar tudo. Quero dinheiro, doutor. Dinheiro! Comprar uma casa, um carro, terminar o curso de francês, começar o de alemão, viajar, sair do meu emprego e viver dos meus sonhos.

Não diga nada, doutor. Não agora, por favor, apenas me ouça.

Ando angustiada sem saber o que fazer para realizar aquele sonho profissional de que falei outro dia, o senhor lembra? Aquele que faria de mim uma mulher rica. Mas quero que isso aconteça antes de eu completar 30 anos, porque desde criança eu sonhava em ficar rica antes dos 30. Pelo menos chegar lá ganhando o equivalente a quinze mil reais por mês. Ta bom, né, doutor. Pra começar está ótimo.

Também quero, neste ano, como disse agorinha mesmo, comprar meu carro, mas preciso tirar minha carteira de habilitação. Se der entrada amanhã, amanhã mesmo já posso começar as aulas teóricas. O dono da auto-escola me garantiu. Mas tem um problema, doutor. Eu combinei com Adélia de fazer aulas de surf na terça, depois de amanhã, pela manhã, exatamente no segundo dia de aula teórica. Seria a minha chance de conhecer seu filho, o Márcio, que é quem vai dar as aulas. Pois é, nem te contei. Márcio tem a minha idade, é músico, professor de surf, já morou um tempo na Europa e, o mais importante, é solteiro, desimpedido. Asseguraram-me de que ele é muito bonito. Eu acho que ia gostar de conhecê-lo. Doutor, ele é tudo o que sonhei, a mãe dele me adora e super aprova nosso namoro, o que é um ótimo começo. Por tudo isso, eu preciso conhecê-lo. Seria a minha grande chance de, finalmente, desencalhar.

Eu queria namorar este ano. Não é minha prioridade, nem estou desesperada para isso. Eu já estou acostumada com a minha solidão. Até aprendi a desfrutar da sua companhia. A solidão, doutor, o senhor sabe disso, é minha companheira fiel, mas às vezes sinto vontade de abandoná-la. E posso fazer isso sem medo nem peso na consciência, porque sei que ela nunca vai me abandonar. É igual a mulher de malandro, sabe? Mas eu queria deixá-la de lado um pouco e arrumar um namorado. O filho de Adélia pode ser uma boa, não acha?

Este ano também estou planejando ir embora daqui. Definitivamente, quero morar no meio do mato. É, doutor, numa casa no campo, como a de Zé Rodrix, para acordar ao som dos pássaros, me inspirar, ler meus livros e ouvir meus discos em paz, apenas com a interferência da natureza. Sem vizinhos nem barulho de carros e comércio. Só eu, minha solidão e a natureza. Tenho procurado casas em Mauá, Itatiaia, Volta Redonda, Lauro de Freitas e Vilas do Atlântico. Mas se Márcio me interessar e a recíproca for a mesma, ah doutor, eu mudo os meus planos.

Eu ando com a cabeça cheia, doutor. Muito cheia mesmo. A mil. O senhor está percebendo, né? Meus nervos estão à flor da pele. Doutor, eu não durmo mais. Eu vou surtar, ter um troço. Doutor, eu preciso me encontrar, saber quem eu sou, porque eu não sei. Não me conheço. Olho-me através do espelho e é como se estivesse vendo uma estranha em minha frente. Não tenho identidade. Não tenho ninguém. Estou completamente só. Sozinha, doutor. Eu estou desesperada, completamente perdida. Pelo amor de Deus, doutor, me ajude.
Postado por Renata

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Fim de semana no shopping

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Adoro compras. À exceção da minha amiga Érika, não conheço nenhuma mulher que não goste de uma tarde de compras. Até porque adoramos estar bem vestidas e nos sentir lindas. Entendo a impaciência da minha amiga, mas, para mim, comprar é uma terapia. Eu esqueço o mundo lá fora e muitas vezes esqueço que tenho contas a pagar. Mesmo assim, não ligo. Afinal, sou mulher. É claro que comprar não é a melhor coisa do mundo. Só perde para uma boa trepada. Mas tem que ser boa, se não, prefiro as compras.

É bem verdade que adoramos dinheiro. Se pudesse, me casaria com um milionário e trabalharia apenas por hobby, para não ficar à toa. Sou fútil, quando posso, reconheço, mas gosto do meu trabalho e do meu salário gordinho na conta todo mês. O marido milionário serviria para sustentar a casa, as crianças e complementar meus gastos, caso meu cartão ultrapassasse o limite. Mas ainda prefiro a vida como está, já que milionários lindos e bons de cama estão em extinção (acho que nem deve existir). Felizmente tenho condições suficientes para bancar meus pequenos luxos.

Esse fim de semana fui ao shopping, na intenção de ir ao cinema, ver o filme do Lula. Mas sabe como é. Uma vitrine ali, outra acolá, aquela bolsa pedindo para ser levada, aquele sapato que, naquele momento, passa a ser a sua necessidade básica, apesar das dezenas que você guarda em seu closet, aquele vestido que parece ter sido feito sob medida para você e, quando nos damos conta, estamos abarrotadas de sacolas.

Nós, mulheres, estamos sempre precisando de alguma coisa. É só ir ao shopping para descobrirmos que tudo o que temos é pouco diante da necessidade que surge ao vermos algo tão novo e tão lindo. E quando as lojas entram em liquidação justamente na semana em que você pagou a fatura do cartão de crédito? Eu adoro uma liquidação. Mulher que é mulher não vive sem uma liquidaçãozinha básica.

Resultado do fim de semana: várias sacolas, numa tarde inteira de compras. O filme? Ih, é mesmo. Deixa para a semana que vem.

Postado por Débora

Utilidade feminina

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Esse fim de semana fui às compras. Estava precisando renovar meu estoque de lingerie. Comprei várias, entre elas, 3 conjuntinhos de renda: um preto, um vermelho e outro branco, cores coringas, que todas as mulheres devem ter em casa. São as favoritas entre os homens.

Comprei uma camisola de oncinha, para os mais ousados, e outra cheia de "fru-fru" rosa, para os que curtem o estilo romântico. Também comprei uns corpetes e algumas cintas-liga, outro acessório importantíssimo no guarda-roupa de lingerie.

Aproveitei para passar no sex shop e renovar os acessórios. É sempre bom que se tenha guardado alguns apetrechos para sair da rotina. Muita gente tem preconceito quanto ao uso de acessórios, por pensarem ser de uso entre homossexuais. Nada disso! Os héteros também usam e sentem muito prazer. Não precisa ter vergonha. A maioria dos homens gostam e gostam mais ainda quando usamos para nos marturbar na frente deles. O problema é que alguns não sabem como pedir, por medo do que possamos vir a pensar. Então cabe à você, com jeitinho, tocar no assunto, mostrar que não tem preconceito e deixá-lo à vontade para pedir. Um bom começo é colocar um vídeo para verem juntos. Mas não force a situação. Deixe que o cara peça e não deixe de insinuar e demonstrar seu interesse, se for o caso.

Eles adoram sair da rotina, experimentar coisas novas e os que não o fazem com suas parceiras, procuram diversão com outras. Seja ousada e deixe-o satisfeito o suficiente, para que isso não aconteça. Além disso, os acessórios servem para uso próprio. É importante que as mulheres se masturbem e descubram seus pontos mais sensíveis. Isso ajuda na hora do sexo com o parceiro, sem contar que a maoiria gosta de ver sua parceira se masturbando.

Nada de preconceitos, ok? Aprenda que, entre quatro paredes, tudo é válido e não vá encanada, achando que ele vai sair contando aos amigos o que fez com você na cama. Homens não costuman contar detalhes da sua vida sexual. Ao contrário de nós, mulheres, que, além de revelarmos todos os detalhes, temos mania de fazer comparações. Guarde essas informações só para você. Comparar não é pecado, mas não precisamos sair falando por aí. É a sua vida íntima e ela não diz respeito a mais ninguém. Aprenda isso, para o seu próprio bem.

Postado por Gabi

Com que roupa

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Depois de meses, finalmente, um friozinho. Nada assustador. Apenas um ventinho leve, chuvas fortes e dia cinza. Aqui na Bahia qualquer ventinho é motivo para se tirar do armário o estoque de agasalhos, principalmente quando se vem de um lugar onde faz frio o ano todo.

Acordei com o barulho de uma chuva torrencial. Mas cadê o frio? A chuva veio apenas para escurecer o dia e refrescar o verão de calor infernal. O climatempo anunciava mínima de 23º e máxima de 31º. Isso em Curitiba é calor dos "brabo". Aqui, é "friozinho".

Abri o armário. Finalmente usaria meu cachecol amarelo. De tecido fino, claro, porque seria inviável usar qualquer coisa de lã. Aqui na Bahia, nunca usarei meus lindos sobretudos nem minhas botas chiquérrimas, a não ser que eu vá a alguma festa de peão de boiadeiro no interior, mas a possibilidade de isso acontecer é quase inexistente. Não diria completamente, porque a vida me ensinou a "nunca dizer nunca".

Bom... tirei do armário meu cachecol amarelo de tecido leve, uma calça jeans surrada e um vestido de verde, curtinho, que eu costumo usar por cima da calça. Para calçar, uma meia preta (detesto meias brancas) e um all star preto. No cabelo, uma pequena flor de lã colorida que minha mãe fez para mim e no dedo anelar direito um anel de prata. Não esquecendo meus inseparáveis brincos de bolinhas, três em cada orelha. Não sou muito de assessórios. Nunca soube usá-los direito. Por isso, prefiro não abusar muito deles, para não correr o risco de parecer uma árvore de natal.

No rosto, uma maquiagem leve. Um lápis nos olhos, um blush clarinho e, nos lábios, um brilo cor de boca. Também não sou de maquiagens. Acho lindo uma mulher bem maquiada. Mas eu não consigo. Mesmo estando bem maquiada, me sinto uma palhaça. Culpa dos meus pais, que nunca me deixaram usar batom antes de completar 18 anos. Quando, finalmente pude usar, fui direto nos batons vermelhos da minha mãe. Fiquei ridícula.

Peguei minha bolsa de veludo preta, um guarda-chuva preto e pronto. Estava pronta para mais um dia de trabalho em Salvador.

Detesto sair na rua quando está chovendo. Se ao menos tivesse carteira de habilitação para dirigir, mas, depois de ter reprovado três vezes na prova prática, desisti. Enfim, aqui eu ando à pé ou de táxi. Moro perto do trabalho e, por isso, tenho o privilégio de ir de casa para o trabalho à pé.

E assim começou meu dia: muita chuva, pouco frio e um cachecol amarelo. Adoro essa cor.

Postado por Renata

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Me desculpem, mas... PUTA QUE PARIU!

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Acabo de perder um texto de 27 páginas. Como se não bastassem três meses sem sexo, ainda tenho que aturar as vontades próprias do meu computador. Só me masturbando pra ver se consigo relaxar um pouco. Se ao menos o porteiro do prédio fosse interessante... melhor não ser, porque eu não sei como seria ter que olhar pra cara dele depois. É o insustentável peso do dia seguinte.
Que ódio, viu gente!

Postado por Bárbara.

Cheia de manias

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Morar sozinha tem lá os seus "contras". Deixa a gente cheia de mania. Eu, por exempo, adquiri a mania de andar de calcinha e sutiã dentro de casa, de usar o banheiro com a porta aberta, de não arrumar a cama, já que eu nunca fico em casa e ninguém além de mim vai entrar no meu quarto.

Lavo louça quando quero, choro sem sem ter que dizer o por quê, almoço às quatro da tarde, janto às 2 da manhã, tomo sorvete no pote, cerveja pela manhã, fumo sem ter que me perocupar se alguém vai reclamar do cheiro, ouço as músicas que quiser sem ninguém para reclamar do volume, esqueço meus livros espalhados pela sala sem ter que organizá-los na estante, entro em sites pornográficos e me masturbo quando bem quiser.

Com a minha bagunça eu me entendo e nela consigo me encontrar. Dividir apartamento? Nem com meu marido, se um dia eu vier a ter. Melhor cada um na sua casa, porque, vou dizer uma coisa: depos que fui morar sozinha, eu fiquei chata pra caramba.

Outra mania é a de pendurar a calcinha no box, depois de lavar durante o banho. Mas esta é uma mania comum às mulheres e que irrita os homens. Minha mãe vivia brigando comigo por causa disso, mas ela mesma sempre fez, só que no banheiro dela, sem homem nenhum para perturbar (ela se separou do meu pai quando eu ainda era criança).

Mania todo mundo tem, seja homem ou mulher, mas elas se multiplicam quando passamos a morar sozinhos.

Sempre fui desorganizada e preguiçosa para os serviços domésticos. Há dias em que parece que um ciclone passou pela minha casa. Mas eu tenho a Joana que cuida direitinho das minhas coisas. Uma vez por semana ela passa lá em casa e deixa tudo bonitinho. Até meus sapatos ela limpa. Uma fofa!

Outro dia conheci um carinha, na festa de aniversário de uma amiga. Gente boa, engraçado, inteligente e bem safadinho. Fiquei com ele, claro e, no final da festa, fomos à minha casa terminar o serviço (uma grande vantagem de morar só é que a gente não precisa gastar dinheiro com motel). Ainda bem que a Joana tinha passado por lá naquele dia. Mas nem tudo é perfeito. Fomos tomar banho juntos e adivinha? Uma calcinha pendurada no box. Pior é que era grande e estava meio encardida. Ai que vergonha, gente! Calcinha de menstruação, daquelas que sujam e não há água sanitária no mundo que tire a mancha. Que atire a primeira pedra quem não tem ou nunca teve uma calcinha assim. Ainda bem que isso não atrapalhou em nada e a noite foi maravilhosa. Além do mais, não me importo, porque nunca mais vou ver o cara novamente. Não trocamos telefone. Achei que seria desnecessário, uma vez que ele não tinha cara de que me ligaria no dia seguinte.

Postado por Renata

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Quem mandou nascer mulher?

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Se puder fazer um pedido para a próxima encarnação, vou pedir para vir com calvície nas partes baixas. Se não for pedir muito, também quero vir com a sobrancelha bem desenhadinha e sem pêlo no buço. Porque quem tem bigode é homem. Por falar em “pêlo”, ainda não tive saco para estudar as novas irritâncias gramaticais. O acento circunflexo caiu ou continua? Aliás, tudo cai. Trema cai, acento cai, peito cai, bunda cai, frutas caem, pele cai e vira pelanca, cabelo (da cabeça) cai, mas os pêlos nunca caem. Eles nascem, crescem, reproduzem e se multiplicam. É uma praga! Não sei pra quê esse excesso de pêlo. Só servem para nos tirar do sério. Se tivessem alguma utilidade, não haveria depilação e se não houvesse depilação, certamente nós, mulheres, seríamos menos chatas.

O lado bom de não estar depilada, pelo menos no meu caso, é que eu não vou ter coragem de sair dando por aí pro primeiro que aparecer. Nada contra isso. É que eu não aguento (e o trema caiu, que eu sei) o peso do dia seguinte. E sofro só em pensar que o cara não vai me ligar depois. Eles nunca ligam... Até admiro as mulheres adeptas ao sexo sem compromisso e é claro que se eu conhecer um cara numa noite e tiver a fim de transar com ele, eu transo. Essa coisa de príncipe encantado aos 30 anos está cada vez mais difícil e sexo sem compromisso está cada vez mais na moda. Se eu não entro na moda, fico sem sexo. E mulher sem sexo é pior que mulher na TPM.

Estudei dois anos em escola Adventista e uma das primeiras coisas que notei foi que as mulheres Adventistas não se depilam. Pelo menos na época elas não se depilavam. Todas tinham as pernas cabeludas. Pra piorar, algumas ainda descoloriam. Uma vez fomos a um passeio, em um clube, e quando elas tiraram as roupas e ficaram de maiô (a religião não permitia que elas usassem biquínis) levei um susto. Pareciam umas macacas. Capaz até de serem mais peludas que as primatas. Não dava para distinguir pelo de pentelho. Imaginem essas criaturas sem roupa? Melhor nem imaginar. Algumas tinham pêlos saindo de dentro do nariz. Ai que nojo! Depilação é uma questão de higiene, né, gente? Vamos combinar.

Tem homem que diz que não se incomoda. Mas se virem uma Adventista, mudam de idéia rapidinho. Tudo bem que um pelinho aqui, outro ali ou quando eles estão nascendo, ainda vai. Mas fazer trancinha com pentelho não rola.
Pêlo quando está nascendo é uma desgraça. Ou você espera crescer mais um pouco para depilar com cera e fica mais uma semana sem ir à praia, ou raspa. Se raspar, irrita e nasce tudo encravado. Dá uma coceira infernal. Sem contar que você corre o risco de se cortar com aquelas lâminas. Outra coisa nojenta: lâmina de barbear depois de uma depilação completa. Tem gente que usa até cegar e ainda reclama que não está funcionando. Creme depilatório, em mim, não resolve porque irrita minha pele. Então, só me resta esperar crescer e agüentar a dor quase insuportável da depilação à cera. Digo quase insuportável, porque nesses anos todos eu tenho sobrevivido a ela. O problema é maior para aquelas mulheres de pêlos grossos. Coitadas! Melhor nem imaginar o tamanho da dor. Ainda bem que este não é o meu caso. Dos males o menor.

A vantagem da cera é que os pêlos demoram mais a crescer e a gente fica bem lisinha. Os homens adoram. Eu também aproveito para depilar logo o ânus. Pois é, a gente tem cabelo até no cu. Agora me diz: pra quê? Mas já que tem, melhor tirar. Cu cabeludo ninguém merece. E isso também serve para os homens. Eu acho até que eles deveriam aparar o excesso de pêlo. Particularmente, prefiro os lisinhos, mas não me faço de rogada se um peludinho gatinho e aparadinho chegar com jeitinho. Mas um Tony Ramos da vida, não dá pra encarar.

Outra coisa nojenta são aquelas mulheres que deixam os pêlos crescerem em volta do umbigo. E olha estes são é até mais fáceis de tirar. Eu tiro os meus com pinça mesmo. E aquelas que descolorem? Realiza só a cena: uma mulher, na praia, no clube, no quintal de casa ou na laje, besuntada de água oxigenada. Sem contar que aquilo tem um cheiro horrível e deve acabar com a pele. O melhor é depilar e pronto.

Por falar nisso, vou parando por aqui porque estou com hora marcada no salão. A sessão tortura vai começar.

Um dia ainda crio coragem e faço depilação a laser dos pés à sobrancelha.

Postado por Bárbara

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sexo nos dias de hoje

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Dizem por aí que o sexo está banalizado. Eu ouço isso desde os meus 15 anos e, provavelmente, minha mãe também já devia ouvir na sua adolescência. Se ser banal é ser comum, sim, o sexo é banal. Se ser banal é ser trivial, sim, repito, o sexo é banal e não vejo isso com algo negativo. Significa que as pessoas estão se permitindo sentir prazer sem medo e sem hipocrisia. Significa que estamos dando voz aos nossos instintos primitivos. Significa experiência, descoberta, crescimento.

Outro dia estava vendo um documentário sobre isso e comecei a refletir a respeito. Hoje em dia não há mais regra de como se comportar na cama, nem com quantas pessoas se deve transar, ao mesmo tempo ou ao longo da vida. Na verdade, se existe regra, esta é a de que o prazer não tem fronteiras e por isso devemos nos libertar e nos permitir ao máximo essa sensação gostosa de sentir prazer, sozinhos ou acompanhados, não importa se você é homo ou heterossexual. Aliás, o heterossexual está em extinção. Eu acho que a humanidade está cada vez mais bissexual. Mesmo os machões de plantão tem seus fetiches homossexuais. Conheço vários que adoram aquela enfiadinha de dedo no cu. Eu transo com mulheres de vez em quando e nem por isso deixo de gostar de homens. Inclusive tive um ex-namorado que adorava ver outra mulher fazendo sexo oral em mim. Eu acho que, pelo prazer, tudo é válido.

Não concordo com aquela história de que se deve casar virgem. E não me venha com aquela carolice de que sexo deve ser usado só para procriação, que todo mundo sabe que isso nunca funcionou assim. Ou você acha que padres e freiras não transam? Sexo é muito importante numa vida à dois e por isso deve ser experimentado antes que se façam os votos diante de um altar, de um juiz ou de quem quer que seja, para não haver decepções. E só sendo trouxa para achar que o cara vai agüentar passar tanto tempo de namoro sem sexo. Aliás, não sei por que as pessoas ainda se casam. É muito mais fácil juntar ou, então, cada um na sua casa, com sua individualidade, mas respeito aqueles que se casam, mesmo sabendo que o casamento não vai durar “até que a morte os separe”. Isso está cada vez mais difícil e eu não acredito que haja fidelidade nos casamentos. A infidelidade é bíblica.

Outra coisa que eu acho ridícula é essa “regra” que estipularam que mulher nunca deve transar no primeiro encontro. Por que não? Se homem pode, por que mulher não? Ah, sim, o mundo é machista, é verdade. Que se dane o mundo machista. Ou você acha que posar de certinha vai te trazer algum benefício? Tem homens que procuram mulheres certinhas para ter um relacionamento e ficar bem na fita perante a sociedade, mas, sinto em desapontar as certinhas, eles certamente vão procurar sexo bom longe de vocês. É por isso que eu transo, sem culpa, na hora que dá vontade e, se for inviável, me masturbo.

As pessoas ficam muito presas a convenções, tradições e não se permitem viver as experiências diferentes e maravilhosas que o sexo pode proporcionar. O sexo está cada vez mais liberal e, particularmente, acho isso uma delícia. Afinal, quem é que não gosta de sentir prazer?

Postado por Débora

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Às compras

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Tem coisa melhor, para uma mulher, que ir às compras? Sexo, claro. Depois do sexo, chocolate, que supre a falta dele. Depois uma cervejinha com os amigos, um cinema no meio da semana, livros, músicas, viagens e lá no final da lista vem as compras.

Particularmente eu não gosto de sair para fazer compras. Acho super cansativo. Morro de preguiça de ficar experimentando roupas, ficar carregando sacolas, passar horas procurando por um vestido amarelo para usar no reveillon e quando, finalmente, encontro, fica uma porcaria no corpo. Ainda bem, porque ouvi dizer que amarelo na virada para este ano traria má sorte e que a cor do dinheiro seria o preto. Parece que estava adivinhando quando levei meu conjuntinho de lingerie preta na bagagem do camping.

Adoro comprar coisas de casa, mas acho um saco ficar procurando. Uma vez fui ao shopping comprar um edredom e algumas toalhas. Saí de lá com sacolas até o pescoço e muita dor nas costas. Pior foi chegar em casa e ter que desfazer todos os embrulhos. Definitivamente, não nasci para as compras. Se pudesse pagaria alguém para fazer isso por mim. Mas não dá, porque, primeiro, não tenho dinheiro para pagar e, segundo, as pessoas têm uns gostos meio esquisitos. Cafonas, eu diria. Ou sou eu que tenho? Preciso refletir sobre isso.

Antigamente ia direto à loja onde eu sabia que encontraria o que estava procurando. Era vapt-vupt. Calças jeans, por exemplo, sempre usei Colcci, mas, agora, além de caras, elas estão tão baixas, que você tem que se depilar toda, para não correr o risco de deixar os pentelhos à mostra. Não sei mais onde comprar calça jeans. Blusas, bastava uma regata ou uma de alcinha, justinha, para combinar com o jeans, o all star, o bolsão e pronto. Estava tudo lindo. Mas a idade vai chegando e com ela as chatices. Alias, ultimamente, eu ando insuportável. Desconfio de que seja este o motivo de eu não conseguir segurar homem nenhum. A gente vai ganhando uns quilinhos, fica com vergonha de mostrar a barriguinha, já não tão sarada, e vai ficando cada vez mais difícil achar alguma roupa que agrade. Uma academia poderia resolver os problemas dos quilinhos a mais, eu sei. Mas eu odeio academia. Sou sedentária assumida. Ainda dou pro gasto, mas já fui muito melhor.

Dificilmente saio para fazer compras, mas, quando saio, compro tudo o que tiver que comprar, para não ter que, tão cedo, fazer isso novamente.

Eu detesto shopping. Mais ainda essas ruas de comércio. É um povo andando pra lá e pra cá, esbarrando na gente, que eu fico perdida. Ir ao shopping aos finais de semana é um sacrifício. Normalmente eles estão lotados. Por isso, quando vou, é sempre no meio da semana, numa segunda ou numa terça. Cinema de shopping também é uma merda. Cheio de adolescente fazendo barulho, com aquelas piadinhas sem graça que só eles entendem. Eu odeio adolescente, desde a minha adolescência. Acho que por isso não tive tantos amigos nessa fase da minha vida. É muita gente idiota reunida. Não, não quero ter filhos, porque não suportaria a fase adolescente.

Além de velha estou ficando rabugenta. Suspeito que isso seja falta de sexo. Três meses sem dar e tendo que me masturbar na frente da TV não é fácil.

Postado por Érika

Sua Majestade, o Pau

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Certas coisas são feitas sob medida. O pau, por exemplo. Existem de todos os tamanhos e espessuras, para todos os tamanhos de bocetas. Tem para homem, para mulher, para os dois, ao mesmo tempo, e para todas as idades, acima de 14 anos.

Não concordo com a perda da virgindade antes dos 14. Na verdade, acho que se existisse limite de idade para isso, a idade mínima seria 16 anos. Eu comecei aos 21. Tarde, para uma menina da minha geração. Não, não sou mais uma menina. Já tenho 28 e, no momento, vivo um relacionamento aberto com um cara casado, mas não por opção. Se homens já andam em falta no mercado, imagine homens com paus duros, grossos e de 19 cm. Esse foi um dos poucos que consegui encontrar com tais qualidades. Na cama, sem dúvida, é o melhor.

O pau não pode ser muito grosso, mas o suficiente para machucar um pouco, de leve, durante a penetração. Particularmente, acho essa dorzinha gostosa. Não conheço ninguém que goste de pau pequeno, nem de pau fino. Entre o pequeno e grosso e o grande e fino, fico com a primeira opção.

A maioria das as mulheres que conheço e que assumem gostar de pau compartilham da mesma opinião. Outro dia fui a uma casa de Swing e paguei punheta para um coroa. O velho tinha um cotoco pendurado entre as pernas, mas tão grosso que minha mão não fechava. Dizem que minha boceta é apertadinha. Daí a explicação para as dorezinhas gostosas que sinto no início da penetração. Depois minha xoxota fica tão molhada que o pau, por mais grosso que seja, desliza lá dentro. Agora se for grosso demais, eu fico uma semana com a boceta inchada e com dificuldade para caminhar. Anal, nesse caso, é complicado, porque chega a sangrar. Mas nem por isso eu deixo de dar o cu. Claro que não dou para todos os que me comem. Não por pudor ou conservadorismo, até porque quem dá o cu não é conservador. Não acho que existem pessoas conservadoras nesse mundo. O que existe são devassas escondidas por debaixo dos panos e tarados disfarçados de padres e pais de família. Em relação a não dar o cu para qualquer um, é pelo simples fato de que às vezes eu não sinto tesão o suficiente para isso. Eu tive um namorado que sempre me comia o cu e ainda me fazia gozar.

Mas, voltando ao pau, a conclusão que me ocorre neste exato momento, é que o homem se resume a esse pedaço de músculo que carrega pendurado entre as pernas. Sem isso, ele não é absolutamente nada. É essa a cabeça que o guia. Quanto à mulher, esta só existe enquanto ser humano se bem servida do músculo em questão. Porque mulher mal comida e dependente de vibrador, ninguém merece.

Postado por Débora

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Renata

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Renata cresceu em ambiente acadêmico. Sua prioridade sempre foram os livros, motivo pelo qual, nunca conseguiu manter um relacionamento estável. Aos 9 anos de idade conheceu um menino na aula de piano e se apaixonou. Aos 16 começou a namorar o garoto e 14 anos depois ainda sonha em reencontrá-lo e viver com ele sua história de amor. Enquanto isso não acontece, Renata vai aproveitando como pode o tal sexo “sem compromisso”. Quem não conhece bem Renata, tem a impressão de que ela não tem problemas.

A problemática

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Érika vê na figura masculina apenas um objeto de entretenimento e lazer. Casamento nunca fez parte dos seus planos. Sexo, só se for sem compromisso, pois não se sente preparada para um relacionamento sério. Isso é o que ela diz. deve ser para fazer tipo e tirar uma de mulher bem resolvida, porque, no fundo, eu desconfio que marido e filhos é o que ela mais quer na vida. Entre as suas manias, está a de colecionar calcinhas, que, segundo ela, variam de acordo com a ocasião e o gosto da vítima.

Sei não, mas, das cinco, essa aí deve ser a mais problemática. Pobre de quem se envolver com ela. Vai ter que ser muito paciente e estar muito apaixonado pra aguentar.

Rebelde sem causa

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Sempre fingi não ligar para a opinião dos outros. Quando era adolescente era a "do contra" e posava de ovelha negra da família, tentando chocar todo mundo com certas atitudes, roupas e cortes de cabelo. O que eu queria mesmo era chamar a atenção da minha família evangélica e conservadora, que não ligava a mínima pra mim. E eu conseguia. Estudei jornalismo só para contrariar a minha mãe, que queria que eu fizesse Direito. Namorei pouco, mas sempre estou ficando com alguém, prática da qual venho enjoando, porque não é isso o que eu quero de verdade. Quero o que todas as mulheres querem: casar, ter filhos e ser feliz. À primeira vista, eu até pareço ser uma pessoa descolada, despreocupada, sem problemas nem sofrimentos e que nunca se apaixona. Tudo mentira. O que eu sou, de verdade mesmo, é uma mulher carente, ingênnua, me apaixono fácil e dificilmente vejo maldade nas pessoas. Por trás dessa mulher auto-suficiente, se esconde uma garotinha triste e sonhadora. É isso que eu sou.

Para os íntimos, apenas Deby

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Dizem que sou ambiciosa. Mentira, eu só gosto de dinheiro. Quem não gosta? É verdade que sou consumista, exibicionista e sempre consegui o que quis, menos segurar um homem, motivo pelo qual resolvi aderir aos relacionamentos abertos. Minhas irmãs costumam dizer que eu sou muito "pra frente". Não acho que seja bem assim. Na verdade, as circunstâncias me fizeram parecer assim. Mas, no fundo, não sou, não. Frequentei casas de swing e tenho vontade de ficar com meninas. Dizem que sou narcisista, só porque gosto de ficar horas me admirando em frente ao espelho. É verdade, eu fico mesmo, sou linda, fazer o quê? Às vezes chego a sentir tesão por mim mesma. Mas tudo isso que acabei de dizer é só uma das inúmeras capas que uso, porque, na verdade, na verdade mesmo, sou depressiva, solitária e incapaz de segurar um homem por mais de dois meses. Mas sigo vivendo, como a vida quer que eu viva.

Bárbara

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Sou filha única e estragada. Fui mimada pela mãe, pela avó, pela bisavó, pelo avô e pelos tios. Eu fui a primeira filha, neta, bisneta e sobrinha. Tive todos os discos da xuxa, do balão mágico, do trem da alegria e tive alguns da Angélica e da Mara Maravilha. Tive barbies, chuquinhas, queridos pôneis, melissinhas que vinham com relógios, calói cecizinha e ia para escola toda enfeitada de maria chiquinha no cabelo.  Cresci acreditando que a vida é um conto de fadas, perdi a virgindade aos 22 anos, fui noiva aos 25, terminei aos 26 e, ainda aos 26, saí de casa. Choro com comédias românticas, bebo excessivamente, fumo de vez em quando e já tentei me matar. Ainda assim, continuo sonhando com um príncipe encantado. Sou do tipo que que usa calcinha rosa no reveillon e fica esperando o telefonema daquele carinha que conheceu na noite anterior. Depois que terminei o noivado, nunca mais consegui segurar homem nenhum. Acho que foi praga do infeliz que, seis anos depois, nunca conseguiu me esquecer e faz questão de dizer que me odeia.